sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia-a-dia ou dia a dia? Como fica a expressão no novo acordo



O brasileiro gosta de falar da sua rotina, do seu trabalho, do seu dia a dia (ou dia-a-dia?).  Se fosse antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o certo seria grafar a expressão com hífen. Mas, pela nova regra, o hífen não é mais exigido nas palavras compostas que têm entre os termos um elemento de ligação (preposição, artigo ou pronome).

Ex.:

Gosto de trabalhar, mas o dia a dia daquela empresa me mata!

Assim como a expressão "dia a dia", muitas outras expressões já tradicionais na língua portuguesa perderam o hífen. Confira:

corpo a corpo (substantivo e advérbio), passo a passo (substantivo e advérbio), arco e flecha, general de divisão, lua de mel, pé de moleque, ponto e vírgula, não me toques (melindres), um disse me disse, um deus nos acuda, um(a) maria vai com as outras, um pega pra capar, carne de sol, dor de cotovelo, pau de sebo, (um) faz de conta, queda de braço, (forró/trio) pé de serra, fim de semana, bicho de sete cabeças, mão de obra, quarta de final e dia a dia (substantivo e advérbio).

Atenção às exceções! Sempre elas... =/

1) água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia (as economias de uma pessoa), ao deus-dará e à queima-roupa;
2) os nomes de espécies botânicas e zoológicas, como andorinha-do-mar, bem-te-vi, cana-de-açúcar, coco-da-baía, dente-de-leão, feijão-carioca, feijão-verde, joão-de-barro, limão-taiti e mamão-havaí;

3) os adjetivos pátrios derivados de topônimos compostos, como cruzeirense-do-sul, florentino-do-piauí e mato-grossense-do-sul.

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